As importações de produtos processados de aço seguem em trajetória de crescimento e reforçam a pressão competitiva sobre a indústria nacional. Segundo o novo relatório da Abimetal-Sicetel, entre janeiro e julho de 2025, o volume total importado (96 NCMs) aumentou 25,8% em relação ao mesmo período de 2024, passando de 403,7 mil para 507,7 mil toneladas. Em valores, o crescimento foi de 13,6%, chegando a US$ 1,027 bilhão.
O movimento é liderado pela China, que respondeu por mais de 60% das importações, com avanço de 33,8% frente ao ano anterior. Essa expansão ocorre em meio a uma queda no preço médio, que passou de US$ 2,24/kg em 2024 para US$ 2,02/kg em 2025.
Destaques por categorias
- Tiras e fitas: alta expressiva de 66,2% em volume, com a China aumentando sua participação de 20% para 42%.
- Barras e perfis: crescimento de 34,2%, impulsionado também pelo aumento das importações chinesas.
- Perfis de aço: avanço de 29,6% no acumulado do ano, com a China respondendo por mais de 80% do total.
- Arames de aço: incremento de 18,2%, com destaque para a entrada de inoxidáveis vindos da Índia.
- Cabos de aço: crescimento de 38,7%, com a China mantendo mais de 50% do mercado
Apesar da expansão em diversos segmentos, alguns itens tiveram queda, como arame farpado (-31,2%), pregos (-5,4%) e grampos (-5,9%).
O impacto das tarifas
Outro ponto de atenção destacado no relatório é a manutenção, pela Camex, de alíquotas elevadas (25%) para categorias específicas, como arames galvanizados, arames de alto carbono, telas soldadas e pregos. A medida, prorrogada em maio de 2025, visa proteger a indústria local em segmentos mais pressionados.
Por que este balanço é tão importante para sua empresa?
O aumento das importações, sobretudo da China, ocorre em um cenário de recuperação lenta da produção nacional e amplia os desafios de competitividade da indústria processadora de aço. Monitorar esses números é essencial para empresas do setor se posicionarem estrategicamente e anteciparem tendências de mercado.
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