Importações da indústria processadora de aço crescem 16,3% em 2025 e ampliam pressão competitiva

Relatório da Abimetal-Sicetel mostra avanço do volume importado, aumento da participação chinesa e impactos diretos sobre segmentos estratégicos da indústria.

O avanço das importações voltou a se impor como um fator crítico para a competitividade da indústria processadora de aço em 2025. De acordo com o Relatório de Importações da Abimetal-Sicetel, o volume importado entre janeiro e novembro alcançou 754,8 mil toneladas, crescimento de 16,3% em relação ao mesmo período de 2024.

Apesar da desaceleração observada no segundo semestre, o patamar permanece elevado e significativamente acima do período pré-pandemia. Em valores, as importações somaram US$ 1,54 bilhão, alta de 7,6% no acumulado do ano, refletindo um cenário de maior concorrência externa em diversos segmentos da cadeia.

China amplia presença e responde por quase 60% do volume importado

Os dados mostram que a China segue como principal origem das importações, com 448,9 mil toneladas embarcadas até novembro, ou seja, um crescimento de 19,6% na comparação anual. Com isso, a participação chinesa no volume total subiu de 57,8% para 59,5%, consolidando um movimento estrutural observado nos últimos anos.

Ao mesmo tempo, o preço médio FOB das importações caiu, passando de US$ 2,21/kg para US$ 2,04/kg, reforçando a pressão sobre os preços praticados no mercado doméstico.

Segmentos com maior avanço de importações

O relatório detalha o comportamento por segmento e revela movimentos relevantes para o planejamento industrial:

  • Tiras e fitas de aço: crescimento de 44,5% no volume importado, com aumento expressivo da participação chinesa, que saltou de 21,5% para 38,3%.
  • Arames de aço: importações avançaram 13,7%, totalizando 277,9 mil toneladas no ano.
  • Cabos de aço: alta de 35,3%, com volume acima de 121 mil toneladas.
  • Perfis de aço: crescimento de 10,9%, com a China respondendo por mais de 80% do volume importado.

Com exceção do arame farpado, todos os principais grupos de produtos apresentaram crescimento superior a 40% nas importações quando comparado a 2019, evidenciando uma mudança estrutural no mercado brasileiro.

Tarifas mais altas reduziram importações em alguns produtos

O estudo também analisa os efeitos das alíquotas elevadas para 25%, prorrogadas em 2025 para produtos estratégicos do setor. Em categorias como arames galvanizados, telas soldadas e pregos, os dados indicam queda relevante no volume importado após a entrada em vigor das tarifas, sinalizando impacto direto das medidas de defesa comercial.

Ainda assim, o relatório mostra que, mesmo com tarifas mais altas, alguns produtos mantêm níveis elevados de importação, o que reforça a necessidade de acompanhamento constante e ações estruturadas.

Informação estratégica para decisões em 2026

Com mais de uma centena de páginas, o Relatório de Importações da Abimetal-Sicetel reúne séries históricas, dados por NCM, análises por produto e comparações mensais e anuais. O material é uma ferramenta essencial para executivos das áreas de compras, estratégia, comércio exterior e planejamento industrial.

O relatório completo, com todos os dados detalhados e gráficos, está disponível exclusivamente na Área do Associado da Abimetal-Sicetel.

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