Tarifas e tendências: Abimetal-Sicetel analisa a volatilidade dos preços de aço e insumos

Preços de insumos e tarifas dos EUA ditam o cenário de mercado, enquanto Aço Silício registra queda superior a 11% no ano.

O mercado internacional de aço e seus insumos apresentou um cenário de alta volatilidade e tendências divergentes em novembro de 2025, de acordo com o mais recente relatório de Economia da Abimetal-Sicetel. A análise aponta que, enquanto commodities como o minério de ferro registram elevação, as tarifas americanas e a queda persistente do aço silício remodelam a dinâmica de preços global.

Tendências e insumos

Os dados do relatório revelam que o Minério de Ferro (62% – China) encerrou o período em alta, com valorização de 2,69% no acumulado do ano. Por outro lado, a Sucata na Turquia e nos EUA experimentou recuos significativos, com quedas de -2,57% e -5,16% respectivamente, de janeiro a novembro de 2025.

Houve uma alta temporária nos preços dos produtos siderúrgicos na China entre junho e julho, motivada por expectativas de cortes de produção e medidas governamentais de estímulo à atividade. No entanto, esta tendência de alta foi interrompida, e os preços voltaram a cair a partir de outubro no país asiático.

O efeito das tarifas nos EUA

Um dos destaques do relatório é o impacto das tarifas americanas. Nos Estados Unidos, a maioria dos produtos avaliados, com exceção da sucata, apresentou aumentos de preços no ano até novembro. O Vergalhão (US$/cwt) registrou um salto de 23,29% no ano.

Contudo, o relatório aponta uma reversão de parte desse aumento após a adoção da alíquota mais alta, de 50%, em 4 de junho de 2025. As bobinas (Bobina a Frio e a Quente), por exemplo, reverteram parte dos aumentos e, em novembro, já se encontravam com preços inferiores aos verificados imediatamente antes da elevação da tarifa para 50%.

Destaque de queda: aço silício

Em contraste com outros produtos, o Aço Silício manteve uma clara tendência de queda ao longo de 2025. Os dois produtos de aço silício analisados na China apresentaram uma desvalorização em dólar superior a 11% no ano. Na comparação com o início de 2024, a queda é ainda mais expressiva, atingindo 19,3% em ambos os casos.

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